Para a sétima jornada da série B da 3ª Divisão estava marcado o primeiro derby regional de Coimbra. O São João deslocou-se ao Pavilhão da Regibó com o único objectivo dos três pontos, acabando por trazer um ponto que soube a pouco.
No Pavilhão da Regibó em Cernache, perante considerável plateia, o São João alinhou com:
Cinco Inicial: João Simões, Nelson Fonseca (1), Rafa, Vitó e Geninho;
Suplentes: Hugo Marques, Paulo Silva, Bruno Guardado (cap.), José Bandeira, João Teixeira, Jardel (2) e Pichel (1);
Marcha do Marcador: 1-0 (Paulo Alves), 1-1 (Pichel)
INTERVALO 2-1 (Ninô), 2-2 (Jardel), 3-2 (Ninô), 3-3 (Nélson), 3-4 (Jardel) e 4-4 (Ninô);
Na primeira parte o São João controlou quase sempre a posse de bola, com o Cernache a tentar sair no contra-ataque. Ferrão começava a demonstrar estar numa tarde de grande inspiração e os golos teimavam em não surgir. A meio do primeiro tempo César corre isolado para a baliza mas coloca mal o pé e acaba lesionado, tendo mesmo ido ao hospital com suspeita de rotura de ligamentos. Os árbitros começavam a complicar o jogo e mostravam uma dualidade de critérios gritante, carregando rapidamente o São João com 5 faltas. Em mais uma falta inventada pela dupla de arbitragem Paulo Alves inaugurou o marcador da marca dos 10 metros, com um remate enrolado mas muito bem colocado. O São João reagiu bem e Pichel de pé esquerdo fez o empate. Até ao intervalo o São João podia ter virado o jogo mas os postes e Pedro Ferrão não o permitiram.
Na segunda metade o Cernache apostou no jogo directo para o pivot e o São João começou a sentir maiores dificuldades devido à pressão alta que efectuava. Num desses lances, Ninô “atira” Geninho ao chão e aproveita os olhos fechados dos árbitros para dar nova vantagem ao Cernache. O São João continuou com o seu jogo e num excelente lance de futsal, Jardel foi carregado dentro da área, penalti e vermelho para o jogador da casa. Na transformação do castigo máximo Ferrão nega mais uma vez o golo a Jardel, que no entanto um minuto depois fez mesmo o empate, em lance de insistência. O Cernache limitava-se a jogar directo em Ninô e esperar que este fizesse o resto sozinho, e saiu-se bem com a estratégia fazendo o 3-2. Já com 5 faltas cometidas, a equipa da casa defendia como podia a sua baliza, quando não era Ferrão eram os postes a negar o golo ao São João, mas o empate voltou a surgir por Nélson. Pichel ainda falhou um livre de 10 metros (mais uma bola ao poste) mas Jardel colocou pela primeira vez o São João na frente do marcador quando faltavam cerca de 3 minutos para o fim. O Cernache arriscou tudo no 5 contra 4 e fez o empate, num lance em que João Simões podia e deveria ter feito melhor. Até ao final dois lances claros de golo para cada um dos lados, Pichel falha a baliza deserta num remate de longe e Sousa atira fortíssimo com o guarda-redes do São João a desviar por instinto para a barra.
Em suma, o resultado penaliza em demasia os erros defensivos e a falta de pontaria do São João, e é um prémio para a grande exibição de Pedro Ferrão, sem dúvida o melhor jogador em campo. A dupla de arbitragem fez um trabalho medíocre, prejudicando ambas as equipas mas muito mais a nossa, em especial nas faltas na primeira parte e no 2º golo do Cernache. Não se compreende como é que é nomeada uma dupla de Coimbra para um derby regional, ainda por cima dois árbitros recém promovidos do distrital, que até um segundo atraso marcam quando a bola passou pelo menos dois metros a linha de meio campo.
Para o São João foram dois pontos perdidos e mais um dia de azar, não bastando os pontos perdidos ainda perdeu Vitó por uma semana, já que este se cortou na mão durante o jantar. A exibição foi bem melhor que o resultado mas não podemos baixar a cabeça, e se no final do jogo estava em lágrimas agora estou de cabeça bem levantada porque com este grupo e com este espírito, só se pode andar assim mesmo. SOMOS GRANDES!!!!!
Desejo eu e todo o plantel do São João as rápidas melhoras ao nosso colega Vitó e também ao César, que possa rapidamente voltar a ajudar o Cernache.